Desde 2013, a desempregada Monisa Angélica da Silva, de 29 anos, luta contra uma doença rara, que causa feridas na pele em várias partes do corpo. Desde então, ela conta que tenta conseguir uma cirurgia, que pode melhorar a sua qualidade de vida, pela rede pública de saúde, em Aparecida de Goiânia, mas diz que não consegue.
Ela conta que, há cerca de 1 ano, foi informada pela Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia que o pedido da cirurgia dela seria transferido para Goiânia, mas ela diz que, desde então, não teve retorno.
“Essa doença agride minhas glândulas, que inflamam de dentro para fora. Preciso fazer a secagem dessas glândulas. Já passei por várias consultas. Já fui para o Hospital das Clínicas, para o HGG [Hospital Alberto Rassi], vários hospitais”, desabafou a jovem.
Sobre a situação, a Secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia confirmou, em nota, que a paciente passou por consulta e avaliação com dermatologista do município e foi encaminhada para tratamento especializado em unidade referência, em agosto de 2019. A Secretaria disse ainda que uma vaga foi liberada pela Central de Regulação de Goiânia para o Hospital Santa Marta, local onde a paciente já foi atendida duas vezes.
Em nota ao G1, a Secretaria de Saúde de Goiânia, responsável pela Central de Regulação, disse que uma nova consulta foi agendada para a paciente. A previsão é que ela seja atendida em uma consulta no Hospital de Doenças Tropicais (HDT) para Monisa no próximo dia 18.
Há 7 anos, Monisa foi diagnosticada com hidradenite supurativa, que é uma doença crônica de pele que gera lesões cutâneas, como resultado de inflamação e infecção das glândulas sudoríparas. Segundo ela, o procedimento cirúrgico que ela precisa fazer é para uma espécie de "secagem" dessas glândulas.
Dificuldade para conseguir emprego
Monisa conta que, antes da doença, trabalhava como vendedora, mas, por conta dos ferimentos expostos no rosto, não consegue mais arrumar emprego. Ela é casada, tem uma filha de 2 anos, e afirma que precisa trabalhar para sustentar a família.
“Fica tudo mais difícil. Meu caso está muito avançado, não tenho como esperar. No verão fica mais inflamado, fica dolorido e sai muita secreção. Não é qualquer coisa que posso comer, sou restrita a muitas coisas. Preciso trabalhar e só o salário do meu marido não paga todas as despesas”, disse.
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